3 de outubro de 2012

Mais um empate doloroso...


Por: Felipe Ferreira (@felipepf13)


Caros amigos schalkers,

Assim que chegou a escalação do Schalke para o jogo de hoje contra o Montpellier fui da alegria a tristeza em minutos. Fiquei muito alegre com o fato de Huub Stevens ter, enfim, escalado Höwedes como zagueiro e usando um lateral-direito, só que logo essa alegria se dissipou com o fato de que havia visto que o professor havia mudado o esquema. O 4-2-3-1, que deu tão certo nos últimos jogos, se desvirtuou e deu lugar a um 4-2-2-2 com Teemu Pukki ganhando uma chance no ataque. Bem, uma aposta e um teste interessante de fato, contudo, foi ignorado o fato de que o jogo em questão era uma partida de UEFA Champions League contra o Montpellier e era necessário vencer.

Apesar das mudanças loucas que vão contribuindo para que Stevens vá ganhando o status de Professor Pardal, as coisas dentro de campo foram tomando um rumo interessante, só que voltou a faltar poder de definição, poder de matar o jogo e, assim como no confronto contra o Fortuna Dusseldörf, levamos um doloroso empate de 2 a 2.

O início foi sofrível. Mesmo jogando em casa, não conseguimos nos impor. Quando tinha a bola, os franceses sabiam muito bem como desenvolver o jogo e levarem perigo. Levamos 1 a 0 quando o cronômetro marcava menos de 15 minutos. Bateu uma apreensão enorme. Afinal, aos meus olhos, um dos maiores problemas do Schalke atual é a falta de poder de reação, todavia, nesta partida menino Draxler contribuiu para que esta minha concepção fosse mudada.

O garoto de apenas 17 anos jogou como gente grande. Chamou a responsabilidade para si. Partiu pra cima. Criou as melhores oportunidades. Não a toa foi o responsável pelo gol de empate com Huntelaar aparecendo muito bem na jogada.

Jogo empatado. O domínio era todo azul-real. Já soavam os gritos de E SÓ DÁ SCHALKE LÊ LÊ LÊ BOTA PRA ~palavrão~. Todos, todos mesmos, sabiam que só por um milagre o time não ia virar a peleja. Draxler vinha comendo a bola, Huntelaar participativo, Holtby e Pukki tímidos é verdade, porém o importante era o total domínio. 

Começou o segundo tempo e o sentimento de que a virada viria seguia exalando e ela não tardou a vir. Aos 8 minutos da segunda etapa, mais uma excelente jogada do menino Draxler. Quem não aguenta bebe leite e/ou faz pênalti, derrubaram o garoto na área, o árbitro não ouso e assinalou a penalidade máxima. Huntelaar foi pra bola e não perdoou. Estávamos na frente. 2 a 1. Era só segurar e colocar os 3 pontos na conta.

Falar que o Schalke relaxou após o gol é mentira até porque, no lance do pênalti, o atleta do Montpellier, Bocaly, levou cartão vermelho. Com o adversário tendo que atuar com 10 jogadores, os comandados de Huub Stevens seguiram dominando o jogo. O problema foi quando o garoto Draxler, que vinha sendo disparado em campo, fraturou o antebraço e teve que ser substituído. Querendo ou não, isso fez com que o time ficasse sentido. Atrapalhou demais.

Sem o jovem, as coisas se complicaram. Não foram criadas chances com a mesma intensidade. Para complicar ainda mais, Pukki e Holtby seguiam apáticos, além do fato de que Stevens demorou a mexer no time. Nos minutos finais, a bola recaiu nos pés de Huntelaar, era a chance de esquecer todos os problemas, ignorar tudo que estava se passando, colocar pra dentro e correr pro abraço, sacramentar os três pontos na conta. Mas bem, não foi assim. The Hunter perdeu o gol. O que importava era que estávamos na frente e faltava pouco para acabar.

Mas bem, não custa lembrar daquela velha máxima do futebol: quem não faz toma. O gol que o atacante holandês foi tão perdido que os deuses do futebol decidiram castigar o Schalke. Gol do Montpellier nos acréscimos e mais um amargo empate conquistado.

Do jogo de hoje, apenas tristezas. Huub Stevens vai se mostrando cada vez mais perdido no comando da equipe ao sempre acertar em uma coisa e errar em outra. Draxler comeu a bola e mostrou que é o cara do Schalke para a temporada, mas fraturou o antebraço e ainda não se sabe quando volta. Pukki mostrou-se muito tímido e ressaltou que não dá pra se confiar tanto assim nele. Por fim, após atuações enormemente animadores, Holtby voltou a deixar a desejar. Resta o consolo.

Na Champions, agora vem dois jogos contra o Arsenal. É essencial que se termine essa série de jogos invicto ao menos ganhando um dos jogos. Mas agora tem que se pensar na Bundesliga já que no sábado o adversário é o Wolfsburg do ditador Felix Magath.